Evolução e mudanças nas formas de ouvir música
Escrito por Klairus em 15/12/2020
Passaram-se 20 anos desde o aparecimento do Napster, um serviço tecnológico que marcou o início de tendências que hoje em dia são as favoritas da audiência. A música evoluiu e a sociedade experimentou mudanças na forma de ouvir música, no final da década de 90 as pessoas usavam o CD para escutar composições, deixaram no caminho a fita e os Long Plays de vinil.
Esta tecnologia melhorou notavelmente a qualidade do som, era acessível, milhares de pessoas adquiriram este formato para escutar música sem distorções em todos os lugares. Os CDs revolucionaram o mercado, porque as pessoas podiam obter uma infinidade de cópias de qualidade, salvar a música em arquivos digitais, ter sua própria lista de músicas e ouvi-la em um rádio player portátil.
A indústria musical utilizou este formato para suas produções, ninguém imaginou que o domínio e o boom dos CDs acabariam em pouco tempo. Com a chegada do Napster em 1999, a tendência deu um giro radical, o serviço permitiu trocar arquivos de conteúdo musical em formato MP3. O Napster transformou-se numa rede virtual que permitia aos utilizadores baixar a música preferida de outros utilizadores online.
A ideia teve grande receptividade, e Napster tornou-se a rede pioneira de troca em massa, para o ano de 2001 já tinha 26,4 milhões de usuários. Como é de esperar, este novo conceito virtual atraiu milhões devido à sua tendência para a democratização da cultura e difusão da informação, mas também provocou um grande vazio jurídico, repercussões éticas e violação dos direitos de autor, ou seja, nasceu a pirataria musical.
Todos os usuários se dedicaram aos downloads gratuitos de todo tipo de gêneros musicais, mudou intempestivamente a maneira tradicional de gravar, reproduzir e escutar a música, já o negócio discográfico não podia compreender a nova abordagem cultural que adotava a música, pois a pirataria reduziu o valor da música no aspecto do consumo cultural.
A Napster recebeu em troca múltiplas demandas das companhias discográficas que não haviam internalizado a amplitude que chegaria a ter este novo conceito tecnológico, e em 2001 os servidores fecham definitivamente.
Isto não resolveu a situação para as empresas dedicadas ao comércio da música, ao pouco tempo surgiram serviços como Limewire, eDonkey2000, Kazaa, Emule, para satisfazer os usuários que não estavam dispostos a gastar dinheiro na compra de produções dos artistas. Já as pessoas tinham acesso gratuito a uma imensa variedade de canções e artistas ao navegar na internet, assim não era necessário comprar suportes musicais em formato de CD.
Empresas como Apple adaptaram-se à nova forma de consumo musical existente no mercado, para satisfazer a procura a empresa da maçã cria o iTunes, Um leitor multimídia com listas de reprodução em que um CD podia ser gravado e convertido em diferentes formatos. Os usuários da empresa e do Windows podiam também efetuar atualizações e incorporar novas funções, esta superação levou à instauração de uma loja online chamada iTunes Store, um site onde se podem realizar compras de conteúdos audiovisuais digitais.
Em 2003, a Apple disponibiliza aos utilizadores dispositivos portáteis para ouvir música, sendo o iPod o mais novo do momento, que oferecia qualidade de som e uma biblioteca de reprodução variada dentro de um aparelho minúsculo.
Esta mudança vertiginosa ocasionou perdas econômicas graves na indústria da música, em consequência surgiram plataformas de difusão da música, inclusive alguns artistas emergentes usaram as redes sociais para promover suas canções, sem intermediários, como Myspace, Bandcamp ou Soundcloud.
Anos mais tarde nasce o fascínio de ouvir música em formato streaming em aplicações como Spotify, não só porque é um processo rápido, personalizado, cómodo mastambém pela qualidade da música, seja por assinatura paga ou gratuita. A música pode ser ouvida a partir de várias fórmulas, rádios online, Google Music, audiokioskos como iVoox, e muitos outros aplicativos a partir dos quais você pode publicar, compartilhar e baixar conteúdo audiovisual.
O último grito de tecnologia foi o iPhone da Apple, lançado em 2007, contou com um sistema operativo que serviu como precedente para introduzir os telefones inteligentes, com ecrã táctil, alto-falante e auricular, microfone, conectividade EDGE e Wi-Fi.
A partir de 2010 os smartphones abrangeram o mercado porque eles permitiram ouvir música, tocar música on-line, baixar vídeos, gravar concertos e até mesmo criar nossas próprias composições musicais. Todas as tarefas em um mesmo dispositivo móvel.